A teoria
cognitiva comportamental vem sendo utilizada por diversos pesquisadores como
método de intervenção para casos de abuso sexual infantil, no modelo de
intervenção individual ou em grupo.
Existem elementos de extrema importância no tratamento das vítimas
de abuso sexual como: encorajar a expressão de sentimentos relacionados ao
abuso sexual; identificar crenças errôneas que levam a atribuições negativas
sobre si mesmo e sobre os outros; ensinar habilidades de prevenção de abuso;
diminuir o senso de estigma e isolação de vítima a partir do contato com outras
vítimas, além do manejo da ansiedade. É importante trabalhar possíveis
distorções de crença, comportamento de esquiva e ressaltar a possibilidade de
novas aprendizagens, de comportamentos mais adaptativos.
O tratamento na abordagem cognitiva
comportamental possui algumas técnicas como:
- A psicoeducação quanto ao abuso sexual,
quanto ao modelo cognitivo e quanto à prevenção da recaída que visa abastecer
ao paciente com informações necessárias sobre seu problema evitando que se
formem crenças distorcidas,
- Reestruturação cognitiva que se trata
de um processo conseqüente da utilização de técnicas diversas de reintegração
de fatos apresentados pelos pacientes;
- Ensaio cognitivo que se
trata de reviver imagens, situações passadas ou a projeção de
situação futuras com a devida reestruturação de cada uma das situações
propostas pelo terapeuta;
- Estimulação e mediação metacognitiva que
se trata de uma técnica isolada ou complementar ao Brainstorming que verifica o
nível de validade dos pensamentos através de evidência prós e contras;
- Treino de habilidades sociais (THS) que
consiste em ampliar repertorio de comportamentos que vai em direção oposta as
esquivas.
Para ler mais:
HABIGZANG, L.F &
CAMINHA, R.M. Abuso sexual contra
criança e adolescentes: conceituação e intervenção clinica. São Paulo: Casa
do Psicólogo, 2004.
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