Desde a minha experiência como estagiária no
Instituto de Neurologia Deolindo Couto (lááá em 2008) percebi que muitos
pacientes procuravam o setor com o encaminhamento para avaliação
neuropsicológica sem saber o que esperar. Hoje, na minha clínica, ainda vejo
que muitos pacientes ligam para marcar a avaliação sem compreender qual o papel
dessa avaliação. Então, o post de hoje é para falar sobre o que é
neuropsicologia e para que serve a avaliação neuropsicológica. Espero que seja
útil! D
A neuropsicologia é o estudo da relação entre o cérebro e o comportamento humano, sendo uma área específica da psicologia e da fonoaudiologia, buscando compreender o funcionamento do cérebro a partir da observação do comportamento humano. Atualmente, sabe-se que não é relacionar função cerebral com lesões, pois diversos quadros clínicos tem relação com o funcionamento cognitivo e não com a estrutura cerebral.
A neuropsicologia é o estudo da relação entre o cérebro e o comportamento humano, sendo uma área específica da psicologia e da fonoaudiologia, buscando compreender o funcionamento do cérebro a partir da observação do comportamento humano. Atualmente, sabe-se que não é relacionar função cerebral com lesões, pois diversos quadros clínicos tem relação com o funcionamento cognitivo e não com a estrutura cerebral.
Dessa
forma, a neuropsicologia entende que a participação do cérebro como um todo,
onde as funções são são interdependentes e relacionadas. Logo, o processo de
avaliação neuropsicológica envolve a avaliação das funções cognitivas e como as
funções se comunicam e se interligam.
O
objetivo da avaliação neuropsicológica é conhecer o funcionamento cerebral a
partir do que é esperado em relação às funções cognitivas para cada época do
desenvolvimento humano, levando em consideração a questão da idade,
escolaridade, condições físicas, econômicas e sociais. Assim, torna-se possível
identificar comportamentos dentro do esperado para o desenvolvimento e
comportamentos atípicos, que irão requerer intervenções específicas.
Esse tipo de avaliação é recomendada na existência de
dificuldade cognitiva ou comportamental, buscando auxiliar no diagnóstico e no
planejamento de intervenções no âmbito do desenvolvimento infantil, nos
aspectos da aprendizagem escolar, comprometimentos psiquiátricos e alterações
do envelhecimento.
Para que a avaliação aconteça, entrevistas são realizadas
com o paciente, com os pais (em caso de crianças e adolescentes), com os
cuidadores e familiares (em caso de idoso), são usadas escalas para avaliação
de possíveis sintomas de ansiedade, depressão e qualidade de vida, além da
aplicação de testes psicológicos e neuropsicológicos que avaliam inteligência,
atenção, memória, linguagem, coordenação motora, funções executivas, organização
visoespacial, orientação temporoespacial e praxias.
Todas as informações levantadas através de entrevista,
observação comportamental e testes geram um documento, chamado laudo, que deve reunir
os pontos fortes da cognição, mostrando as funções cognitivas que estão
preservadas e quais funções cognitivas encontram-se abaixo do esperado em
relação ao desenvolvimento cognitivo, indicando funções cognitivas
comprometidas, possibilitando um mapeamento (um checkup cerebral) quantitativo
e qualitativo das funções cognitivas e quais intervenções serão necessárias
para o desenvolvimento das funções comprometidas. Mais importante que o
diagnóstico, é saber quais são os pontos fortes e a serem melhorados da pessoa.
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