Um dado alarmante do Estudo Epidemiológico sobre a Saúde Mental do Escolar Brasileiro sobre a saúde mental de crianças escolares no Brasil. Os dados desta pesquisa só reforçam a necessidade de ações de prevenção e a presença do psicólogo no ambiente escolar.
Uma pesquisa realizada com cerca de 1.700 alunos de escolas públicas, com
idades entre 6 a 16 anos, de quatro regiões brasileiras, mostrou que a
prevalência de transtornos psiquiátricos entre esses escolares foi
estimada em 13%.
Os resultados apontam para a necessidade de uma reformulação de políticas
públicas no setor com ênfase na prevenção e na identificação precoce
dos transtornos, no combate ao estigma, e na garantia de assistência de
qualidade a estes jovens, permitindo que possam atingir um
desenvolvimento físico e emocional compatível com suas potencialidades.
Além de mostrar a importância do papel do psicólogo na tarefa de
identificar, orientar e contribuir para o tratamento destas crianças.
Os transtornos disruptivos (Transtorno Desafiador e de Oposição,
Transtorno de Conduta, e Transtorno de Hiperatividade e Déficit de
Atenção – TDAH ) foram encontrados em 5,8% dos pesquisados, sendo 4,5%
TDAH. A prevalência de alguma deficiência física foi de 37,3% (13,4% com
deficiência visual, e 5,4% com deficiência auditiva).
Entre os estudantes com transtornos psiquiátricos, apenas 19,3%
receberam alguma forma de tratamento no último ano, sendo que a maior
parte das consultas foi oferecida por psicólogos (85%). “Este número é
baixo considerando que essas crianças e adolescentes já têm um
transtorno psiquiátrico estabelecido e que, portanto, 100% deveria estar
recebendo assistência. Diversas barreiras têm sido relatadas para que
isso ocorra, sendo uma das mais importantes a falta de unidades de
saúde, além do estigma e do desconhecimento”, aponta a pesquisadora
Cristiane S. de Paula, que analisou esses dados durante seu
pós-doutorado na Fiocruz (Rio de janeiro).
Os pesquisadores atuaram nas cidades de Caeté (Minas Gerais); Goianira
(Goiás); Itaitinga (Ceará); e Rio Preto da Eva, (Amazonas). Cada cidade
teve cerca de 450 estudantes entrevistados. Inicialmente, o projeto foi
apresentado às Secretarias de Educação e Saúde das cidades escolhidas e
sorteio das escolas participantes. Psicólogos foram treinados para
entrevistar as famílias. A coleta de dados foi finalizada em dezembro de
2012.
Fonte da reportagem:http://www.ebc.com.br/
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