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Dicas de reabilitação neuropsicológica na doença de Alzheimer - Parte 2

A Doença de Alzheimer será utilizada como modelo, por apresentar início insidioso e curso progressivo, com declínio cognitivo que impactam atividades de vida diária.
As tarefas de reabilitação neuropsicológica precisam ser estruturadas de acordo com as classificações leve, moderada e grave. 
Em fases iniciais, a dificuldade de memória é a queixa mais presente, porém, outros déficits já estão instalados. Os déficits podem alterar atividades como planejamento de atividades cotidianas (fazer compras, preparar-se para uma saída, ida ao banco), dificuldade na manutenção de uma conversa, armazenar uma notícia lida ou vista na televisão, recordar nomes de pessoas próximas, consultas ou agendamentos em médicos e por fim, resolver um mesmo problema de formas diferentes. Essas dificuldades podem ser observadas no dia-a-dia como questões próprias do envelhecimento ou como manifestações da DA em fase leve.

Cabe nesta fase, estruturar um trabalho com as seguintes tarefas:
·         Atenção: tarefas simples que estimule a função, tais como séries numéricas, tarefa de busca, nome dos meses do ano em ordem direta e inversa.

·         Orientação temporal, espacial e autopsiquíca: tarefas básicas de orientação temporal e espacial (que dia é hoje, onde estamos, locais cotidianos), autobiografia e biografia de quem está próximo (ver mais sobre Terapia de Orientação à Realidade)

·         Memória: repetição de séries (como números de telefones) para memória imediata, reforço da memória recente com estratégias de associação e repetição.

·         Cálculo: tarefas de cálculo mental, resolução de problemas numéricos e jogos.

·         Funções executivas: classificação de objetos por diferentes categoriais, quebra-cabeça, jogos.


·         Linguagem escrita: redação de listas, organização do dia-a-dia, cópia de receitas, ditado.

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